Uma das mais enigmáticas
interrogativas a circular no âmbito das curiosidades é: onde Kain (Caim)
encontrou mulher? Aqui a sabedoria humana tem perecido e os não
prudentes têm tropeçado, por não verem que a solução desse mistério está
na kadosh multiplicação criativa proveniente da palavra do Eterno
YAHUAH. Observemos o que diz Bereshit (Gênesis) 1: 21 22.
“E
Elohym criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as
águas abundantemente produziram conforme as sua espécies; e toda a ave
de asas conforme a sua espécie, e viu Elohym que era bom. E Elohym os
abençoou, dizendo: frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos
mares, e as aves se multipliquem na terra”.
Ao
criar os peixes de acordo com a espécie de cada um, vemos que YAHUAH
ordenou: “Frutificai e multiplicai-vos”. O mesmo aconteceu também com as
aves, quando disse: “E as aves se multipliquem sobre a terra”. Bereshit
(Gênesis) 1: 21 22. No efeito da sua kadosh Palavra, peixes e aves se
multiplicaram por toda extensão aquática e terrestre. A Palavra que sai
da boca de YAHUAH volta para ele vazia? O livro de Yshayahu (Isaías) dá
testemunho que não.
Yshayahu
55: 11 – “Assim será a Palavra que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que
a enviei”.
Ora,
conforme o testemunho profético houve a multiplicação dos peixes e das
aves, no momento em que o Altíssimo YAHUAH determinou: “Frutificai e
multiplicai-vos”. Nisto, a Palavra dele operou e não voltou para ele
vazia.
Com
o primeiro casal humano, teria sido diferente? De maneira nenhuma! Ao
ser formado do pó da terra esse passou pelo mesmo processo
multiplicativo de acordo com o sábio aspecto criativo sobre os animais
aquáticos e terrestres. Quando YAHUAH na criação do homem e da mulher
instituiu a formação do primeiro casal, logicamente estabeleceu sua
evolução numérica dizendo: “Frutificai e multiplicai-vos”. Bereshit
(Gênesis) 1: 27 28. No momento em que essa ordem foi dada a
multiplicação aconteceu, surgindo a partir dali outros casais por várias
regiões, explicando por esta forma as origens do negro, conforme o
continente africano; do branco conforme a Europa; e do amarelo, de
acordo com o continente asiático.
Essas
raças, de acordo com a originalidade e aparência física de cada uma,
vieram a ser responsáveis por outras misturas raciais. Mesmo após o
Dilúvio, essas origens tiveram suas progressões por intermédio das noras
de Nôach (Noé) segundo a linhagem sanguínea de seus antepassados. Três
filhos; três noras; três raças. Ou os filhos não herdam também os traços
fisionômicos pelo lado maternal? Tem filho que parece mais com o pai; e
tem que parece mais com a mãe. Isso é comprovado cientificamente.
Voltando
à Kain ao ser banido de onde residia, nosso marcante personagem se
dirigindo a YAHUAH disse: “Eis que tu hoje me lanças fora da face desta
terra; e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na
terra. E será que todo aquele que me achar me matará”. Eis aqui um fato
que Teologia e narrativas históricas não definiram: se na terra não
existiam outras pessoas além da família de Kain quem iria matá-lo? Por
certo, ele não sentiria tal temor.
Se
seu medo fosse um equívoco de sua parte, YAHUAH não lhe teria tirado
esse pensamento infundado? Sem sombra de dúvidas isso não deixaria de
acontecer, pois ele seria imediatamente corrigido. No entanto, com uma
direta confirmação ao temor dele, o Altíssimo YAHUAH decretou a sua
sobrevivência, dizendo: “Qualquer que matar Kain, sete vezes será
castigado”. Como esse castigo poderia ser determinado pelo Elohym
Altíssimo, se na terra não existissem outras pessoas? Logo, o sinal foi
posto nele como advertência a outros que na terra também já existiam.
Outro
ponto importante a ser discutido, se refere às irmãs deste amaldiçoado
filho de Adam. Dentro dos escritos bíblicos não há sequer uma indicação
capaz de mostrar fidedignamente a participação de alguma delas na vida
conjugal desse personagem, nem tão pouco de tê-lo acompanhado quando foi
expulso do lugar onde habitava. Intrinsecamente o relato demonstra ter
ele conhecido sua mulher, quando chegou à terra de Nod.
É
necessário saber que a palavra “conheceu”, descrita textualmente na
visão hagiógrafa conforme a Escritura, não deve ser reconhecida no
sentido único de “coabitar”. Se alguma de suas irmãs fosse sua mulher,
iria Kain esperar chegar numa outra região terrestre além da sua, para
poder conhecê-la na forma de coabitação? Deduzo que não esperaria tanto
tempo para isso. Esse requisito, sem sombra de dúvida, se revela no
sentido de conhecer o desconhecido, o que com ele se deu na terra onde
foi habitar, ali conhecendo a sua mulher de família estranha.
Discordar
daquilo que não se aceita não é uma tarefa difícil, mas pode se tornar
uma séria complicação diante do ensinamento, do aprendizado, se a
discordância não tiver como mostrar a sua razão de existir. Se Kain
coabitou com alguma de suas irmãs, onde, dentro das Inspiradas
Escrituras, tal fato poderá ser mostrado? E se alguma de suas irmãs o
acompanhou quando ele foi banido de sua terra, onde existe a indicação
evidenciada para isso? Que o visto seja mostrado; que o anunciado seja
ouvido; Para que o testemunho dado não seja causa de escândalo e
vergonha perante o Eterno YAHUAH.
Quando
fiz a pergunta por meio de alguns comentários expostos em páginas da
NET, tive como objetividade mostrar que nenhum ser humano, a começar por
mim, deve se achar no direito de ser conhecedor de todas as coisas.
Nessa visão, cada um se contente com o que lhe é dado pela presença do
Ruach distribuindo do que obteve, sem deixar de receber do que ainda não
recebeu.
Sem arrogância,
Yahoshafat Ben Yaakov.
Nenhum comentário:
Postar um comentário