sexta-feira, 31 de maio de 2013

RESPOSTA SOBRE A QUESTÃO: ONDE KAIN (CAIM) ACHOU MULHER.

Uma das mais enigmáticas interrogativas a circular no âmbito das curiosidades é: onde Kain (Caim) encontrou mulher? Aqui a sabedoria humana tem perecido e os não prudentes têm tropeçado, por não verem que a solução desse mistério está na kadosh multiplicação criativa proveniente da palavra do Eterno YAHUAH. Observemos o que diz Bereshit (Gênesis) 1: 21 22.

“E Elohym criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as sua espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie, e viu Elohym que era bom. E Elohym os abençoou, dizendo: frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares, e as aves se multipliquem na terra”.

Ao criar os peixes de acordo com a espécie de cada um, vemos que YAHUAH ordenou: “Frutificai e multiplicai-vos”. O mesmo aconteceu também com as aves, quando disse: “E as aves se multipliquem sobre a terra”. Bereshit (Gênesis) 1: 21 22. No efeito da sua kadosh Palavra, peixes e aves se multiplicaram por toda extensão aquática e terrestre. A Palavra que sai da boca de YAHUAH volta para ele vazia? O livro de Yshayahu (Isaías) dá testemunho que não.

Yshayahu 55: 11 – “Assim será a Palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”.

Ora, conforme o testemunho profético houve a multiplicação dos peixes e das aves, no momento em que o Altíssimo YAHUAH determinou: “Frutificai e multiplicai-vos”. Nisto, a Palavra dele operou e não voltou para ele vazia.

Com o primeiro casal humano, teria sido diferente? De maneira nenhuma! Ao ser formado do pó da terra esse passou pelo mesmo processo multiplicativo de acordo com o sábio aspecto criativo sobre os animais aquáticos e terrestres. Quando YAHUAH na criação do homem e da mulher instituiu a formação do primeiro casal, logicamente estabeleceu sua evolução numérica dizendo: “Frutificai e multiplicai-vos”. Bereshit (Gênesis) 1: 27 28. No momento em que essa ordem foi dada a multiplicação aconteceu, surgindo a partir dali outros casais por várias regiões, explicando por esta forma as origens do negro, conforme o continente africano; do branco conforme a Europa; e do amarelo, de acordo com o continente asiático.
Essas raças, de acordo com a originalidade e aparência física de cada uma, vieram a ser responsáveis por outras misturas raciais. Mesmo após o Dilúvio, essas origens tiveram suas progressões por intermédio das noras de Nôach (Noé) segundo a linhagem sanguínea de seus antepassados. Três filhos; três noras; três raças. Ou os filhos não herdam também os traços fisionômicos pelo lado maternal? Tem filho que parece mais com o pai; e tem que parece mais com a mãe. Isso é comprovado cientificamente.
Voltando à Kain ao ser banido de onde residia, nosso marcante personagem se dirigindo a YAHUAH disse: “Eis que tu hoje me lanças fora da face desta terra; e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra. E será que todo aquele que me achar me matará”. Eis aqui um fato que Teologia e narrativas históricas não definiram: se na terra não existiam outras pessoas além da família de Kain quem iria matá-lo? Por certo, ele não sentiria tal temor.
Se seu medo fosse um equívoco de sua parte, YAHUAH não lhe teria tirado esse pensamento infundado? Sem sombra de dúvidas isso não deixaria de acontecer, pois ele seria imediatamente corrigido. No entanto, com uma direta confirmação ao temor dele, o Altíssimo YAHUAH decretou a sua sobrevivência, dizendo: “Qualquer que matar Kain, sete vezes será castigado”. Como esse castigo poderia ser determinado pelo Elohym Altíssimo, se na terra não existissem outras pessoas? Logo, o sinal foi posto nele como advertência a outros que na terra também já existiam.
Outro ponto importante a ser discutido, se refere às irmãs deste amaldiçoado filho de Adam. Dentro dos escritos bíblicos não há sequer uma indicação capaz de mostrar fidedignamente a participação de alguma delas na vida conjugal desse personagem, nem tão pouco de tê-lo acompanhado quando foi expulso do lugar onde habitava. Intrinsecamente o relato demonstra ter ele conhecido sua mulher, quando chegou à terra de Nod.
É necessário saber que a palavra “conheceu”, descrita textualmente na visão hagiógrafa conforme a Escritura, não deve ser reconhecida no sentido único de “coabitar”. Se alguma de suas irmãs fosse sua mulher, iria Kain esperar chegar numa outra região terrestre além da sua, para poder conhecê-la na forma de coabitação? Deduzo que não esperaria tanto tempo para isso. Esse requisito, sem sombra de dúvida, se revela no sentido de conhecer o desconhecido, o que com ele se deu na terra onde foi habitar, ali conhecendo a sua mulher de família estranha.
Discordar daquilo que não se aceita não é uma tarefa difícil, mas pode se tornar uma séria complicação diante do ensinamento, do aprendizado, se a discordância não tiver como mostrar a sua razão de existir. Se Kain coabitou com alguma de suas irmãs, onde, dentro das Inspiradas Escrituras, tal fato poderá ser mostrado? E se alguma de suas irmãs o acompanhou quando ele foi banido de sua terra, onde existe a indicação evidenciada para isso? Que o visto seja mostrado; que o anunciado seja ouvido; Para que o testemunho dado não seja causa de escândalo e vergonha perante o Eterno YAHUAH.
Quando fiz a pergunta por meio de alguns comentários expostos em páginas da NET, tive como objetividade mostrar que nenhum ser humano, a começar por mim, deve se achar no direito de ser conhecedor de todas as coisas. Nessa visão, cada um se contente com o que lhe é dado pela presença do Ruach distribuindo do que obteve, sem deixar de receber do que ainda não recebeu.


Sem arrogância,

Yahoshafat Ben Yaakov.

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