Controvérsias, equívocos, desvios, propagações têm se
expandido em torno do misterioso tema: A RESSURREIÇÃO DO MASHYACH PROMETIDO. Se
por um lado se deixando levar pelas especulações arqueológicas, muitos
historiadores buscam o que dizem ter sido um espectro implantado pelo
fanatismo, por outro “as conversações teológicas” só fazem alimentar essa tosca
trajetória de equivocados raciocínios. Isto, quando suas divulgações torcem a
visão provocando inúmeras rupturas no sistema antes elaborado e promulgado.
Se não há reconsideração por parte das extrapolações para
com o ressuscitado, também não posso me congratular com todas as idéias que de
sua parte vêm, tendo sempre em conta que o seu adquirido conhecimento é
limitado por outro além de sua evolução. Não havendo isolamento das evidências
históricas e bíblicas, novos questionamentos poderão abrilhantar os acertos
desse tema infligido por idéias fantasiosas, individualistas, infiltradas
filosoficamente no mundo das pesquisas científicas historiadas.
Não quero aqui desmerecer o conhecimento de quem têm
se aprofundado na História em busca da perfeição, nem tão pouco desconhecer a
razão do esforço teológico dentro de sua capacidade. O objetivo que me conduz para
o interior desse tema e de muitos outros, é ver a realidade como
verdadeiramente ela é, confiante de que só assim o efeito positivo poderá vir
pela forma da originalidade.
Se não há como se concordar com tudo que vem das
narrativas científicas adentradas a esse tema, não há como se concordar também
com tudo que a Teologia diz, pois, doutra maneira, se estará sendo conivente
com o científico e teológico sistema. Como aconteceu a ressurreição Yahshuah Ha
Mashyach? Como realmente se deu a sua saída do túmulo? A própria mensagem
evangélica se contradiz quanto ao seu relato sobre esse assunto.
Nos livros de Matyahu (Mateus) cap. 28 vs.2; e Luka
(Lucas) cap. 24 vs. 4; existe uma incoerência inaceitável quando, no primeiro
relato se pode ver a presença de um melach (anjo) no túmulo, enquanto que no
outro se vê a presença de dois. Por que a existência dessa falta de
compatibilidade nas formas textuais? Se a palavra de Yah não se contradiz, de
onde vem, então, esta falta de coerência? Por certo de cópias às vezes
influenciadas por dogmas religiosos, que se fundamentam fora da originalidade ocorrida.
Ainda no assunto em discussão, há outra interrogativa:
Se no livro de Yochanan (João) cap. 20 vs. 26 a escrita mostra que Yahshuah após
ter ressuscitado se apresentou a seus discípulos numa casa cujas portas estavam
fechadas, por que para sair do túmulo não se deu a mesma coisa? Por que foi
necessária a presença de um malak (anjo) ou dois para remover a pedra que havia
sido posta na entrada do mesmo? Não existe lógica exegética de uma forma para
com a outra. Obviamente quem entra num ambiente estando a porta fechada, também
pode sair do mesmo sem precisar abri-la, visto a condição ser a mesma. Tais
incompatibilidades deixam transparecer uma tentativa de violação da parte de
alguns duvidosos ou mesmo curiosos, que queriam ver de perto se a ressurreição
se cumprira.
O que realmente aconteceu com o corpo do Mashyach? O
que houve naquela manhã do primeiro dia da semana? Essas interrogativas,
talvez, venham de uma trajetória de muitas épocas, de diferentes línguas, onde
se têm buscado a resolução ainda confusa perante muitos. De acordo com a
Bíblia, poderia o corpo mortal ter algum proveito na ressurreição? Bereshit
(Gênesis) cap. 3 vs. 19, pela palavra do Olam YAHUAH afirma que não: “Porquanto és pó; e em pó te tornarás”. Não há qualquer coerência entre um corpo mortal
ressuscitado e o divino decreto sobre ele promulgado, sendo que o carnal há de
voltar à sua origem de pó de terra para dar lugar a um imortal.
Nessa linha de raciocínio, posso afirmar que da mesma
forma como foi com o corpo de Mosheh (Moisés) também foi com o corpo do
prometido davídico de Yahshurun (Ysrael): simplesmente desapareceram. Creio que
alguém nesse momento sinta desejo de perguntar: “E Elias quando foi arrebatado, não subiu com o corpo carnal”? A contextualização responde.
O capitulo 15 da primeira carta de Shaul aos
coríntios, demonstra claramente que a carne e o sangue jamais poderão herdar o
reino eterno. Isso indica a vinda de outro sistema de corpo, no qual a terra
não mais terá participação. Quando Elyahu (Elias) foi arrebatado, seu corpo
mortal foi desfeito para dar lugar ao corpo espiritual, o imortal, sendo tal
definição comprovada no cap. 15 vss. 51 a 54 de I – aos coríntios.
Logo após a morte do Mashyach carnal, todas as
evidências indicam que seus discípulos passaram por momentos de constrangedoras
decepções, ao verem, na sua imaginação, o trágico final daquele que lhes havia
incutido a esperança de uma perpétua libertação. Dentre o grupo pairava um
desânimo tão grande, que dois deles, a caminho de Emaús, em diálogo aberto
comentavam: ”E nós esperávamos que fosse ele o
que remisse Ysrael; mas agora, é já o terceiro dia desde a sua morte”. Que isso seja comprovado em Luka (Lucas) 24: 21.
O desabafo desses discípulos não deixa dúvidas quanto
à posição do grupo, que se pode ver da seguinte forma: Crendo fervorosamente no
seu mestre, todos viviam a expectativa de uma libertação imediata, que logo veio
a ser banida de suas mentes pela grande decepção sofrida ao verem seu
libertador crucificado.
Frustrações;
desespero; fracasso diretamente admitido; esse era o predominante clima de um
pequeno grupo mashyense que estava à mercê das especulações; das críticas; das
incertezas que desabavam sobre suas cabeças em divisões acirradas. A situação
era tão caótica no ponto de vista de todos, que até se sentiam desencorajados a
permanecerem na fé instruída pelo seu mestre que tanto lhes falara.
Medidas
começaram a ser tomadas, isso para defender ou condenar o procedimento erguido
pelas massas que se tornaram adeptas da “doutrina nazarena”, numa tentativa de
fazer perseverar um judaísmo sacerdotal ou mashyense. A batalha religiosa entre
espaço aberto e fechado havia se travado a tal ponto, que até a opressão
romana, por algum tempo, esteve esquecida daqueles a quem oprimia.
Desconfiados de que os discípulos de Yahshuah pudessem
forjar uma ressurreição para fortalecer sua crença, “sacerdotes e escribas”
pediram a Pilatos a segurança do túmulo por um período de três dias. Assim o
fizeram, por estarem receosos de que o corpo daquele que não aceitavam como o
Mashyach prometido fosse sequestrado por seus discípulos, numa tentativa de
forjar uma ressurreição sobre o mesmo para que sua fé não viesse a sucumbir. Por
que tanta preocupação com um corpo mortal que deixaria de existir? O que
realmente se deu com o prometido davídico no exato momento em que ressuscitou,
acontece também com todos os que no grande amor do Eterno YAHUAH são eleitos,
como está escrito no livro do profeta Osheyah (Oséias) 6: 2 sobre o destino da
futura recompensa de Yahshurun: “Depois
de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará; e viveremos
diante dele”.
Dentro desses requisitos contextuais, por que duvidar,
então, que ele ressuscitou? Se da parte de alguns existiu algum plano de violação
sobre seu corpo no que se refere à sua estadia no túmulo, esses tiveram grande
decepção! No ato da ressurreição foi ele desfeito, ao ser substituído por outro
revestido da imortalidade.
Contextualmente posso afirmar que a pedra posta no
sepulcro foi retirada por parte de uns poucos que estavam decepcionados com a
morte do seu mestre, que queriam ver de perto se ele havia mesmo ressuscitado
ou não. Isso foi descoberto por Míriam de Mágdala (Maria Madalena) como mostra
sua declaração, quando foi interrogada sobre o que buscava no túmulo: “Porque levaram meu Senhor, e não sei onde o puseram”. Ela tinha conhecimento de que o Mashyach iria
ressuscitar no terceiro dia? Lógico que sim, porque sobre isso ele admoestou a
seus discípulos.
“Eis que vamos
para Yahushalaim (Jerusalém), e o Filho do homem será entregue aos príncipes
dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte. E o entregarão aos
gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e o crucifiquem, e ao terceiro
dia ressuscitará”. Matyahu (Mateus) cap. 20 vss. 18, 19, 20.
Tendo conhecimento de que o seu mestre ressuscitaria,
poderia ela está preocupada com o desaparecimento do seu corpo? Isso traz à
tona uma explicação: tinha ela o conhecimento do plano formado por alguns dos discípulos
enfraquecidos na fé, por não terem alcançado a imediata libertação que
aguardavam por parte daquele a quem sempre seguiram. Ao chegar ao sepulcro e
não vendo aquele que desejava encontrar, sem dúvida pensou que já o tinham
levado no momento em que fez a seguinte confissão: “Porque levaram meu Senhor”.
A exclamação de Míriam de Mágdala (Maria Madalena)
mostra que ela sabia do plano dos discípulos para ocultar o corpo do Mashyach, coisa
que não a deixou preocupada. A sua grande preocupação, na verdade, estava em
não saber para onde o tinham levado. Essa confirmação se revela por suas
palavras ao dizer: “E não sei onde o
puseram”. Yochanan (João) cap. 20 vs. 13.
Até mesmo ela teve dúvidas quanto ao grande mestre
ressuscitar, senão não estaria com esse tipo de preocupação no que se refere ao
seu desaparecimento. “Isso confirma, em parte”, a desconfiança dos escribas e
sacerdotes, que só falharam na suposição por não terem compreendido Osheyah
(Oséias) 6: 2.
Ao se encaminhar cedo para o sepulcro esperava encontrá-lo
deitado, morto, o que não aconteceu quando ali chegou. Na vacilante atitude
dela podemos obter o pano de fundo da situação. Na imaginação dos discípulos se
passava o seguinte temor: Se aquele em quem se propuseram a confiar havia
morrido sem lhes dar o que acreditavam receber, se não viesse a ressuscitar, o
descrédito sobre sua crença seria mais abrangente por parte de seus contradizentes perseguidores, que
tentava expô-los ao ridículo perante a população.
Esse temor constante os forçava a tomar uma atitude, o
que fizeram: na madrugada do domingo foram ao túmulo, tendo grande decepção
quando retiraram a pedra devido ao corpo do mestre ali não se encontrar. Sem
saber o que realmente poderia ter acontecido, retornaram, ficando à mercê da
expectativa dos comentários sobre o ocorrido, isso muito antes de Míriam de
Mágdala (Maria Madalena) chegar ao sepulcro.
Relembrando: seu corpo carnal, igual ao de Mosheh (Moisés)
foi desfeito; e o novo corpo que entrou numa casa toda fechada, também poderia
sair do túmulo sem precisar alguém remover a pedra. A dúvida dos discípulos
pode ser vista diretamente no momento em que o grande mestre davídico, após ter
ressuscitado se apresentou reprovando a perturbação existente neles, por não
terem acreditado naqueles que deu esse testemunho.
“Por que estais
perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as
minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; pois um
espírito não tem carne e nem ossos, como vós vedes que eu tenho”. Luka (Lucas)
cap. 24 vss. 38,39.
De acordo com o que se encontra escrito no livro de
Marcos cap. 16 vss. 10 14, quando Míriam de Mágdala (Maria madalena) e dois dos
discípulos, após terem visto seu mestre já ressuscitado anunciaram aos outros, nãolhe
deram crédito. Para melhores averiguações vejamos os textos, pois nada melhor
que o testemunho dado por eles através dos tempos para que a emet (verdade)
seja reconhecida.
1º -“E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado
com ele, os quais estavam tristes e chorando, e, ouvindo eles que vivia e que
tinha sido visto por ela, não o creram”.
2º - “E depois, manifestou-se noutra
forma a dois deles que iam de caminho para o campo, e, indo estes,
anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram”.
3º - “Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados
juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por
não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado”.
Pelas formas textuais acima se pode ver que os onze já
não acreditavam mais na sua ressurreição, senão não teriam duvidado. Se várias
manifestações foram precisas para que pudessem crer, isso mostra, em
transparência, o quanto a fé deles estava abalada, o que os deixavam cabisbaixos
diante dos príncipes das Sinagogas e dos sacerdotes do Templo.
No livro de Yacheskel
(Ezequiel) cap. 37 vss. 1 a 14 há uma visão profética referente a um vale de
ossos, na qual todos os filhos naturais de Yahshurun (Ysrael) são mostrados
como principais herdeiros da ressurreição. O filho do homem a profetizar sobre
eles para que tivessem vida, teria sido o próprio profeta que porta o nome do
livro? Em toda a trajetória biblicamente historiada, nunca se ouviu falar que
mortos fossem ressuscitados por Yacheskel. Essa profecia tem seu direcionamento
ao Mashyach davídico, o primogênito profeta da ressurreição, que há de tirar
Yahshurun das terras estrangeiras.
Quando ele
disse: “Eu sou a ressurreição e a vida” como mostra o livro de Yochanan (João) cap. 11 vs.
25, ele se revelou diretamente o filho do homem mencionado na visão profética,
deixando claro que ninguém poderá ressuscitar senão por ele. Semelhante a isto,
a nação yahshurunim (israelita) não poderia sair do Egito ou da profundeza do
mar vermelho se não fosse por meio de Mosheh, mas a obra foi executada e sempre
será pelo Eterno YAHUAH.
Isso é
testemunhado pelo próprio Mashyach quando diz: “O Pai que está em mim, é que faz as obras”. Yochanan cap. 14 vs. 10. E
ainda mais: “Em verdade, em verdade vos digo
que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e
os que a ouvirem viverão”. Yochanan cap. 5 vs.
25. Esse é o mensageiro, o grande profeta da ressurreição referido por Ezequiel
a receber a ordem de ressuscitar a nação eleita, a descendência de Yaacov
(Jacó).
“Profetiza ao
espírito, profetiza, ó Filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Eterno:
vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que
vivam”. Ezequiel 37: 9.
Se toda a descendência de Yahshurum há de ressuscitar
sem exclusão de nenhum dessa estirpe, como antes já foi mostrado e se acha
confirmado no cap. 39 vss. 28 29 do mesmo livro, por que duvidar, então, da
ressurreição daquele que não aceitam na condição do justo Mashyach prometido?
Não é ele também descendente de David, da tribo de Yahudah (Judá) que de Yaakov
(Jacó) provém? Logo, excluí-lo é contradizer a própria determinação do Eterno YAHUAH
de Yahshurun que não é homem para que minta, nem filho do homem para que se
arrependa. Bamidbar (Números) cap. 23 vs. 19.
Acima de toda e qualquer crença, estudo ou teoria
duvidosa, Yahshuah Ha Mashyach veio em carne gerada pela carne para cumprir a
justiça conforme o anunciado por todos os profetas. Ensinando, sofrendo,
morrendo, ressuscitando, cumpriu ele sua missão para se tornar o prometido
profeta da ressurreição e herdeiro do trono davídico, que não mais trocará de
rei nem terá fim.
Afirmar que alguns de seus discípulos, na manhã do
primeiro dia da semana, praticaram violação no túmulo retirando a pedra é
admissível; o que não se pode provar, é que seu corpo tenha sido por eles
retirado. Quem foi ao túmulo na intenção
de encontrar o seu corpo morto teve grande decepção, a mesma que teve Míriam de
Mágdala, não achando ali a quem buscava
de forma duvidosa.
Se ela foi bem cedo para ver o mestre, na certa queria
vê-lo antes que o plano para escondê-lo fosse posto em execução; só que outros
já tinham se antecipado à sua ida. Em seu grande abatimento, dúvida, todos
falharam! O Mashyach de Yahshurun (Ysrael) havia ressuscitado! O seu corpo
mortal não mais poderia ser visto nem tão pouco tocado, porquanto deixara de
existir.
Assim, a profecia no livro de Osheyah (Oséias) cap. 6
vs. 2 teve seu cumprimento, porque no Mashyach ressuscitamos e recebemos vida: “Depois de dois dias nos dará a vida, e ao terceiro
dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele”. Não duvidem! Yahshuah, o mediador da nossa salvação ressuscitou. Voltou
à imortalidade de onde agora há de vir na qualidade de profeta da ressurreição
e governante eterno.
HONRA, PODER E
GLÓRIA SEJAM PARA י ה ו ה YAHUAH, O ÚNICO QUE PODE SALVAR. AMEN.
BARUCH RABÁ B’SHEM י ה ו ה YAHUAH.
ATENCIOSAMENTE,
YAHOSHAFAT BEN YAAKOV.